A Modelagem Geológica consiste na representação digital 3D de rochas, suas estruturas e diversos tipos de dados coletados pelos geólogos em campo.
Estes dados são originados de diferentes fatores como em relação ao teor do minério, análise geofísica visando a prospecção de minerais metálicos, observação e medição de falhas encontradas em campo, etc.
É importante se atentar para a inserção correta de dados no sistema e se certificar de estar selecionando o modelo correto para processar essas informações e gerar a modelagem dos estratos rochosos.
Após tudo estar adequado, o geólogo poderá obter variados tipos de resultado, tais como a localização de um minério, seus limites, suas características (como a quantidade e o teor) e informações sobre o ambiente onde foi encontrado.
A partir destes resultados, o profissional irá avaliar se vale a pena economicamente investir neste empreendimento. Caso seja optado pela extração do minério, a modelagem será útil para determinar onde e em qual profundidade será realizado o procedimento.
Inserção de dados
Alguns exemplos de procedimentos anteriores onde podem ser coletados tais dados são os mapeamentos geológicos e de trincheiras, ensaios geofísicos, e sondagem rotativa.
O mapeamento geológico irá detectar se a área possui mineralizações ou minérios e as falhas no local, assim como obter detalhes sobre a geologia. Já o mapeamento de trincheiras serve para obter a medição precisa da profundidade, em casos de minérios supergênicos.
Os ensaios geofísicos consistem na detecção de possíveis anomalias na localidade. A partir disso, é também possível determinar os pontos de sondagem. A etapa seguinte é a sondagem rotativa, que também irá determinar a profundidade dos pontos onde há presença de minérios e descrever suas características após o recolhimento de amostras.
Resultados do mapeamento
Com os dados coletados nos furos de sondagem e o estudo da topografia local, é possível definir um modelo geológico e gerar as primeiras imagens.
Em um exemplo de modelo geológico onde são representadas camadas litológicas distintas e um esquema de veios intercruzados, o empreendedor será capaz de compreender com mais precisão a localização do minério pesquisado, se estiver presente com concentração em tais veios. Além disso, seria possível determinar as profundidades e escolher o local que deve ser alvo de investigação na pesquisa mineral.
Dentre os benefícios que podem ser conquistados com a adoção do mapeamento geológico estão a economia de tempo e recursos financeiros e a definição de uma superfície de interesse na localidade, onde será realizado o procedimento de prospecção mineral.
Também é possível realizar uma conexão com outros tipos de dados, por exemplo, dados geológicos, a fim de se adquirir uma visualização espacial das propriedades da superfície e uma melhor interpretação dos resultados.
Considerações finais
Portanto, a modelagem geológica 3D é parte fundamental da pesquisa mineral, pois ela possibilita maior compreensão sobre a localidade onde será feito o procedimento e sobre as características do minério a ser extraído, além de oferecer uma estimativa mais precisa e detalhada dos parâmetros apontados anteriormente.
Esse procedimento também oferece a vantagem da flexibilidade, pois pode ser realizado de maneira contínua, ou seja, pode ser adotado mesmo se a atividade de mineração já tiver sido iniciada.
Nesse caso, a modelagem geológica poderá contribuir para encontrar os principais pontos de extração mineral, o planejamento de lavra (seja a curto ou longo prazo), a detecção de novos locais onde é possível se encontrar o minério, e a detecção de pontos que concentrem minérios que apresentem maior teor (para isso, dados de uma análise química devem ser fornecidos anteriormente).
